Quinta-feira a noite fomos passear em Jerusalem, andamos por um quarteirao ortodoxo e antigo, e logo depois disso, fomos num
Shuk ("feira arabe"). Uma tarde muito feliz, muito agradavel, observem nossas caras de felizes:

Tinhamos acabado de comer um falafel, fazer umas comprinhas, enfim, uma tarde agradavelmente normal...
E quando finalmente voltamos para o kibbutz recebemos a noticia: "Ataque terrorista no centro de Jerusalem." Se isso ja causa um "ofusoe" geral no mundo todo, imagine entao para quem acabou de chegar aqui, ou melhor, pra quem morara em Jerusalem e detalhe mais importante, a exatamente uns 15 minutos antes do ocorrido, estavamos naquele exato local. A familia de todo mundo ligando, maes e pais desesperados e muitos de nos sem saber exatamente o que estava acontecendo. Sentamos todos na frente da televisao para assistir o noticiario e enquanto isso, pelo menos uns tres computadores diferentes ligados em sites diferentes para termos as melhores informacoes possiveis do ultimo ocorrido.
Bom, nao sei exatamente o que voces sabem, entao vou passar a versao que sei, informacoes recebidos diferamente dos paramedicos que trabalhavam no local do atentado.
Apos quase quatro anos sem atentado sequer em Jerusalem, ocorreu um tirotei no centro de Jerusalem, numa escola rabinica de grande importancia na regiao. Haviam uns quatro homens que entraram desfarcados de estudantes da Yeshiva (escola rabinica), sendo que um deles ja foi uma vez motorista para a escola.
Ocorreu o tiroteio e tem ja contados pelo menos 8 mortos uns 35 feridos.
Ainda nao temos mais informacoes a respeito.
Mas posso lhes dizer que no exato instante que escrevo, estamos num local lindo, deitado na grama estudando hebraico, escutando os passaros cantando... mas, mesmo nesse cenario pacifico, de hora em hora os avioes com destino a Gaza nos sobrevoam para nos lembrar da situacao que estamos...
Medo? Esse e o momento que olhamos para os ceus e simplesmente temos que engolir o choro e contiar vivendo, se nao sairmos nas ruas por medo, ficariamos aprisionados nesse sentimento pelo resto de nossas vidas.
E sim, estamos todos bem...