E mais uma vez, estou aqui escrevendo mais uma dia incrível de passeio pela cidade mais linda de todos os tempos: Jerusalém, a terra das pedras, a terra da fé, da mais incrível beleza e importância histórica do mundo...
Bom, pra quem me conhece, sabe que historia não e meu forte, mas a historia e cultura desse lugar me fascina de uma forma tão grande que nem consigo explicar ao certo o motivo.
Ontem, fomos pra Jerusalém antiga, e fizemos alguns encontros históricos. E decobri coisas incríveis e claro, todas elas sempre presentes nas historias que meu pai me contava quando era criança.
Ontem foi o dia para desvendar o grande “Muro das Lamentações”, que não deixa de ser um apelido para “O Muro do Ocidende”. Mas como assim, ocidente?!?! Como muro do ocidente? Foi o que eu pensei a primeira vez que descobri de verdade o nome do muro.
Então, a muitos anos atrás, (vamos mais uma vez lembrar nas escolas dominicais e estudos bíblicos) uma homem muito importante para o judaísmo chamado Abraão foi convocado a sacrificar seu único filho Isaque. E assim, subiram pai e filho ate o topo do monte para o grande sacrifício ate que Deus enviou um carneiro para ser sacrificado no lugar de Isaque, Nesse mesmo local, suspeita-se que foi o local de onde iniciou-se a terra, um morro que fica perto do monte de Zion. Alguns anos depois, um grande rei chamado Salomão construiu um templo localizado exatamente no local de onde teria sido o sacrifício de Isaque. Este tempo foi destruído e alguns anos depois, o grande Herodes, não so recontruiu o templo, mas criou todo um mercado ao seu redor, o banho sagrado e esse local imenso, era circundado por quatro muros, o muro ocidental, oriental, norte e sul.
E mais uma vez lembram das aulas de escola dominical, lembram da historia de Cristo ter se embravecido por causa de um mercado na porta do templo?! Pois e, aqui estão as ruínas desse mercado:


Esse mercado servia para comprar as oferendas a serem oferecidos a Deus.
O templo, era considerado o local mais sagrado de todos, so os grandes profetas poderiam entrar neste templo.
Mais uma foto das ruínas:


E o tempo passou e mais uma vez esse templo foi destruído e conquistado pelos muçulmanos, e de acordo com sua crença, naquele exato local ocorreu a ascensão de Maomé. E assim, construíram a famosa mesquita da cúpula dourada que podemos ver ate hoje.

E então, porque o muro das lamentações?! Porque justo o Muro Ocidental e tao importante para o judaismo?!
Aqui, temos uma maquete do segundo templo:


O quadradinho branco e o sagradissimo templo.
E aqui, temos uma maquete do que ela seria hoje:


Então, qual e a importância do muro ocidental?!
Observe bem as maquetes e perceba que o muro ocidental e o local acessível mais próximo ao local considerado mais sagrado para o povo Judeu, por isso que e la que todos migram para rezar e fazer suas preces, da mesma forma que o povo ia ate o templo.
Então, descobri que o muro das lamentações não faz parte do antigo templo, mas sim do muro que o cercava. Incrível, eu não sabia disso.
E a parte conhecida como o muro da lamentações, conhecido como o Kotel e simplesmente um oitavo do tamanho original daquele muro (para você imaginar o tamanho desse muto, sim, Herodes foi um grande construtor)
“Alguem que nunca viu a construcao de Herodes, nas tem idéia do que e uma grande obra”
Nesse mesmo dia a noite, voltamos ao quarteirão judaico. Se alguém achava que era bonito ver a Avenida Paulista de noite e porque nunca viu Jerusalém a noite.
O gatos e as luzes dominam a noite daquela cidade de pedras, o dourado parece brilhar com a luz do luar e o silencio do local transborda a magia do local.
Tivemos a oportunidade de ter no nosso grupo um violinista que literalmente subiu no teclado e tomecou a tocar a famosa trilha sonora de “Violinista no Telhado” (um dos filmes mais incríveis que já vi ate hoje)
Passeamos pelas passarelas e ruelas estreitas, pisamos nas pedras e respiramos o vento gelado e mágico desse local, isso e Jerusalém a noite.

E fomos andando e andando ate que nos deparamos com uma coisa incrível:


O maior e mais antigo símbolo do judaísmo, uma obra de arte... como um dos meninos do grupo disseram: “Esse deve ser a Menorah mais cara do mundo, e inteira de ouro.
E descendo as escadas, podemos ter essa vista:


E sempre incrível me deparar com esse muro...
Essa vez, não cheguei perto dela, fiquei sentada do lado de fora simplesmente adimirando a beleza daquele muro e pensando no que ela representa pra sociedade, fiquei sentada durante muito tempo orando ate que um amigo sentou do meu lado e começamos discutir a importancia do muro e ele me afirmou que nunca sentiu nada perto dela, e que não consegue entender o que exatamente tem de tão especial nesse muro. E ele me perguntou o que eu sentia nesse muro.
O muro?! Sim, e so um muro, e so um pedaço que resta uma historia incrível, de um povo incrível e uma cultura fabulosa. Mas eu tive a grande chance e oportunidade de observar as pessoas que visitam o muro. Nessa minha observação, me deparei com muitas pessoas das mais variadas idades, das mais variadas culturas, cores, feições e traços. Percebi que se aproximavam no muro pessoas de diversas religiões, percebi Bíblias, Sidurs, Toras e muitos outros livros de rezas das mais diferentes liguas e religiões. Tive a oportunidade e escutar as orações, rezas, pedidos e agradecimentos sendo sussurrados ao pe do muro das mais diversas línguas, mas percebi que em cada pessoa que se aproximava, existia um único propósito, se aproximar de Deus, esse Deus tão grande e único.
E isso que sinto, e esse o grande poder que sinto e nesse momento eu paro e penso, por que temos que discutir quem esta certo? Para que esses guerras reliogas, para que ter um único local sagrado, esse local sagrado esta dentro de cada um de nos a partir do momento que entendemos quem e esse grande Deus a entregamos nosso lamento.
Cada um de nos podemos ser parte desse muro, somos cada um parte de um povo que tem um único Deus em comum.